Texto de
Niécio Rocha Jr.
A Bíblia nos fala que Deus é amor e que Ele nos ama. Mas neste momento estou falando do amor entre homem e mulher. O idioma português se utiliza de apenas uma palavra "amor", não diferenciando o amor de Deus do amor entre homem e mulher ou do amor fraterno. Os gregos, embora não conseguissem alcançar a essência do amor (quem conseguiu? Na minha humilde opinião só um, Jesus Cristo), conseguiram diferenciar em palavras diferentes os tipos de amor. Para eles existia 1) o amor ágape, o amor supremo, incondicional, que está acima das demais emoções e que reflete o amor de Deus, aquele que trancende qualquer outro sentimento; 2) o amor philos, donde vem a palavra filosofia, filantropo e por aí vai, que reflete o amor pelo próximo, mas sem desejo, um amor fraterno que se assemelha mais ao amor de irmão. Jesus, em sua síntese dos principais mandamentos, utilizou os dois termos para falar que todos os mandamentos se resumem a dois: amar a Deus sobre todas as coisas (ágape) e ao nosso próximo como a nós mesmos (philos).
Mas estou aqui falando de um outro tipo de amor o eros, donde vem o termo em português "erótico", que muitas vezes é confundido com pornográfico, mas não é. É o amor entre homem e mulher, aquele que faz nosso corpo ferver, que acende uma chama chamada paixão (o termo paixão, no original, também tem a ver com "chama").
Esse amor que nos faz perder o fôlego, a fala, nos deixa desconcertados, deixa o mais "desenrolado" tímido. Faz homens barbados se sentirem como crianças e o mais inteligente se sentir idiota. Nos deixam abestalhados. E como é gostoso isso.
É algo que todos sentem (é, como diz o ditado, até os brutos... e os birutos). Mas para explicar... Aí é complicado. Alguns podem dizer que é algo que não se explica, apenas se sente. O poeta diria que amar é verbo intransitivo. Não precisa de complemento. Apenas se sente e basta. Quem leu as últimas duas frases e teve a oportunidade de ler mais de um texto meu, vai perceber que repito muito isso, já está ficando cansativo. Perdão, mas foi necessário.
O fato é que o amor ou o amar é algo difícil de explicar. Ainda mais difícil é saber quando se ama. Nós nos relacionamos com várias pessoas. Algumas pessoas nem precisam se relacionar tanto e já se encontram na primeira ou segunda pessoa aquela que parece foi feita para si.
Particularmente lembro-me de meus amores de adolescentes e como eu pensava que eles eram para a vida inteira. Quando tinha uma decepção amorosa, achava que não ia me recuperar nunca.
Como saber que se ama alguém? Como ter a certeza de que o sentimento é amor e não apenas uma chama, uma paixão, algo passageiro? Como estar com alguém e sentir que é para sempre?
Seguem alguns trechos da música Bryan Adams me deu uma bela lição (traduzidos para o português):
Para realmente amar uma mulher, para compreendê-la, Você precisa conhecê-la profundamente
por dentro,
Ouvir cada pensamento, ver cada
sonho E dar-lhe asas quando ela quiser
voar. Então, quando você se achar
repousando Desamparado nos braços delaVocê saberá que realmente ama uma mulher...
por dentro,

sonho E dar-lhe asas quando ela quiser
voar. Então, quando você se achar
repousando Desamparado nos braços delaVocê saberá que realmente ama uma mulher...
Para realmente amar uma mulher, deixe-a segurar você. Até que você saiba como ela precisa ser tocada, Você precisa respirá-la, realmente, saboreá-la, Até que você possa senti-la em seu sangue. E quando você puder ver, seus filhos que ainda não nasceram dentro dos olhos dela , Você saberá que realmente ama uma mulher...
No final da música, ele pergunta: Então me diga, você realmente, realmente já amou uma mulher?
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